Far away

quinta-feira, 26 de julho de 2012

TEMPO PERDIDO



Quanto tempo levei para conseguir compreender todos os contratempos que aconteceram em minha vida...

Uma vida perdida entre tantos tormentos, dores, desavenças, descrenças.

Uma vida gerada com amor e desligada cheia de amargor.
Infância feliz, juventude rebelde e, quando adulto, um nada...

E, de transtorno em transtorno, de tropeço em tropeço, fui caminhando pela vida até me cansar e com ela acabar.
Acabar?

Que nada! Foi com grande surpresa que me percebi ainda vivo, quando achava já estar morto.
A confusão gerada é enorme.

Você se percebe diferente, mas não consegue atinar com o por quê?
Você se sabe morto.

Você sabe que o ato tresloucado cometido não daria margem de erro para o fato não acontecer.

Mas você se percebe vivo, se sente vivo e, como louco, sai à procura de um corpo que já não mais existe.

Dizem-lhe que já faz tempo que você partiu, mas você não acredita. Como? Se para você, tudo aconteceu há tão pouco tempo - um minuto, uma hora, um dia...

Um ano, uma eternidade?

E você fica tresloucado, sem entender como, por que, onde, até quando...

E sua consciência pesa - pesa com o saber, com o conhecer o tremendo erro que cometeu.
Mas aí já é tarde, tão tarde, que até o tempo que passou você já nem tem mais noção.

Então vem o arrependimento, a dor, o amargor por ver, por perceber, que uma grande chance desperdiçou por não ter aceitado tudo aquilo que você mesmo havia se prontificado a realizar.

Mas o ontem, o hoje, o amanhã, não existe. Cada momento é único em nossas vidas e devemos aproveitá-lo, agradecidos de por ele estarmos passando.

Eu não soube, mas espero ter aprendido a lição, dar valor a cada sorriso, cada bom dia, cada alegria, cada dor, cada sentimento que tive a oportunidade de experimentar.

Eu não soube deles tirar as lições que me ajudariam a crescer como homem, como espírito, como gente.

Antes de partir, quero agradecer a todos vocês que aí estão a todos estes amigos que aqui estão por me ajudarem a chegar à compreensão e me darem à oportunidade de, finalmente, me libertar de toda a angústia que me tolhia e ter aberto o meu coração. 
 Nunca deixe que nenhum limite tire de você a ambição da auto-superação.
(Ruy Vale)

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